Maceió

Maceió
Ilha do Carlito

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

                        MEU SAUDOSO COLIBRI
     Às vezes, Deus nos agracia com certos presentes e só nos damos conta da tamanha importância deles quando os perdemos.
     Diante da porta da minha casa existe uma árvore a qual foi plantada por mim e que hoje está quase chegando na altura do telhado da casa.Vez por outra,ela me alegra com suas flores vermelhas entre o emaranhado de folhas verdes e viçosas.
     Mas o que eu quero falar é do meu presente especial. Este presente foi um filhote de beija-flor cujo ninho pendia de um dos galhos da árvore, parecendo querer entrar por entre a janela da sala.Este filhotinho era tão pequenino e franzino que carecia dos cuidados constantes de sua mãe.
     Os beija-flores são aves encantadoras e resplandecentes por si só e quando os temos perto de nós é o quanto sabemos da graça que Deus está nos concedendo por podermos usufruir desses momentos verdadeiramente mágicos e únicos.E tudo isto se torna verdadeiramente um espetáculo, quando temos a oportunidade de ver as mudanças de cores com a movimentação de seus corpos.
     E é assim que durante dias eu me encantava e me emocionava com as aparições da mãe beija-flor que chegava com suas asas rápidas, quase imperceptíveis, beijava uma das minhas flores com precisão, maestria e suavidade, sugando o seu néctar para alimentar seu indefeso filhinho.
     Dizem que a maioria dos machos dá uma demonstração especial de interesse e carinho, quando está paquerando e oferece, como prova do seu amor à amada, o ninho prontinho, poupando-a de um trabalho normalmente cansativo e executado por ela.
     O certo é que o ninho estava lá, bem diante de meus olhos e o filhotinho de beija-flor também.
     Certo dia, como fazia durante todas às manhãs, às seis horas, para ser mais precisa, notei que o ninho estava desintegrado do galho que o prendia, quase caindo. Rapidamente peguei uma escada e para minha surpresa, desencanto e dor o filhote de beija-flor tinha sumido. E pior que isto, descobri, em seguida, que o gato da vizinha havia comido aquele “serzinho” tão pequenino e tão indefeso.
     Até hoje, lembro-me daqueles momentos emocionantes e que  contagiavam a mim,em especial, a meu marido, e a todos que nos visitavam e que foram testemunhas oculares daquela emocionante e espetacular visão.
    O fato é que não consigo mais me desligar daquelas momentos mágicos e nem tampouco esquecer dos meus novos amigos, que já haviam adquirido confiança em mim.O que me acalenta é a foto que tirei do filhotinho em seu aconchegante ninho.
     Todos os dias, me faço a mesma pergunta: Será que algum dia, Deus me proporcionará momentos tão belos como quanto estes vividos por tão pouco tempo?
                                       Alda Maria Kruse da Costa     

Nenhum comentário:

Postar um comentário