ATRÁS DO CREPÚSCULO
Enquanto caminho à beira-mar
Meus passos me acompanham,
São os coadjuvantes dos sonhos que ainda estão por se realizar.
O silêncio propaga-se por toda a orla marítima,
Uma quietude estranha que eu aprendi a valorizar.
Sinto uma sensação boa.
Delicadas asas brancas me acompanham
São as gaivotas, protagonistas dos meus devaneios.
Respiro fundo, tomando um fôlego purificador
Sinto-me plena, a cores
E elas são ricas, vivas e saturadas.
As ondas vêm e voltam
Num ritmo incessante, primitivo e sensual
Vez por outra, elas banham os meus pés,
E me encorajam a seguir adiante.
Ergo a cabeça,
Acima, o céu é de um azul onírico entremeado por nuvens algodoadas.
O dia está glorioso e o ar gentil como um beijo apaixonado.
A brisa é fresca o suficiente para dissipar qualquer resquício de fadiga.
Começo a correr
A idade não me impede de gastar a energia excessiva que me sufoca.
Paro, agora ofegando
Puxo o ar para os pulmões
Respiro fundo
E volto caminhando sem pressa
ATRÁS DO CREPÚSCULO!
Fev./2014
Alda Maria Kruse da Costa
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