Maceió

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Ilha do Carlito

domingo, 31 de julho de 2011

A Melhor Idade

     Dizem que ser jovem é ser alegre, é ter vontade, é ser otimista, é ter esperança no futuro. Eu discordo com esta afirmação e digo categoricamente que a melhor idade está nas pessoas com mais de 55 anos de idade. 
     Tenho convivido diariamente com jovens adolescentes entre seus 11 e 16 anos e com jovens acima de 17 anos e o que tenho presenciado tem me deixado preocupada e assustada. Tenho duas noras, por exemplo,  com aproximadamente 30 anos que vivem se queixando com dores de cabeça, cólicas e cansaço, já os de menos idade são completamente desinteressados e alienados. Sou professora e tenho me feito a seguinte pergunta: O que está acontecendo com os jovens de hoje?
     Assim , ratifico o que disse anteriormente: a idade mais prazerosa está com as pessoas mais velhas. Elas sim, dificilmente vemos se queixando ou se lamuriando por alguma coisa e estão sempre querendo inovar e aprender. A disposição é marca registrada deste grupo de pessoas; estão sempre viajando, leem muito e fazem cursos de informática, praticam exercícios físicos, etc. Os compromissos com filhos pequenos já não existem mais, a situação econômica é estável e o direito de ir e vir é uma constante em suas vidas.
     Eu não as invejo, pois faço parte de uma delas. É nesta idade que agente tem tempo para uma conversa mais longa e prezerosa com os amigos e é também  nesta idade que se olha para o lado e se vê "coisas" que antes passavam desapercebidas.
     E assim, lá vamos nós, a cada encontro novas emoções e a alegria desses momentos nos tornam vivos e cada vez mais jovens e nos perguntamos tal qual uma criança insaciável: E depois? E depois queremos, sim, desafiar os acontecimentos e encontrar a alegria no jogo da vida, sermos receptivos ao que é belo, bons e grandes, receptivos às mensagens da natureza, do homem e do infinito. 
     As viagens têm sido constantes a cada ano que passa. Temos viajado para lugares desconhecidos e tudo é improvisado. Não planejamos mais o futuro, pra quê? Vivemos o presente intensamente. Rimos e dizemos "besteiras" o tempo inteiro e quando não estamos viajando, fazemos janta na casa dum ou do outro e depois jogamos canastra, assim estamos exercitando a mente. E estes momentos ficam registrados em nossas memórias, fazendo com que os dissabores do passado sejam esquecidos e enterrados definitivamente. E o mais importante de tudo é que quando um precisa do outro o socorro vem a galope. Sabemos, então, que nunca vamos estar sozinhos e que sempre uma ou mais mãos estarão estendidas quando delas necessitarmos. No entanto, quando os revezes da vida nos pegam desprevinidos, não pensamos em desistir, deixar de lado o ideal e os sonhos. E às vezes aquela lágrima teima em cair justamente na hora que precisamos parecer fortes e aí imediatamente pedimos a Deus e aos amigos um pouco de força, um pouco de luz e a resposta vem, seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice, um email, um gesto de amor. E a gente continua e insiste... Insiste em prosseguir, em acreditar, em dividir , em  SER. E assim vamos seguindo avante, por termos uma missão: SER FELIZ.   

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